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O Oráculo Cinzento

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Diário de Criação 3

  • Writer: Oráculo Cinzento
    Oráculo Cinzento
  • May 23
  • 2 min read

Updated: May 23

Muitos testes já transcorreram. A maior parte gerou boas ideias e melhorias. Não sei quantos grupos de teste pretendo abrir de agora em diante. Sinto que o sistema está bem estável agora, de modo que me senti compelido a começar a diagramação. Nada mais moroso. Mesmo dedicando dias inteiros para isso, não consigo progredir mais de 5% ao dia. Mais desesperador é ver o número de artes necessárias para deixar o visual agradável e instigante (sem contar o desespero para planejar o fluxo de caixa).


Quando se trata de tantas artes, o maior desafio é evitar repetições de tema e personagem, não só dentro do livro, mas com o mercado e com minhas criações passadas. No caso das artes coloridas, o cuidado também deve ser aplicado à paleta de cores.


Há outros desafios no quesito artístico. Por exemplo, toda arte deve ter uma narrativa por trás, e não ser meramente um desenho bonito. Criar narrativas únicas para centenas de artes é algo intimidante, mas pode ser divertido.


Mudando de categoria, a ficha de personagem já está pronta. Demorou muito para chegar aos parâmetros ideais (coisa que também consome muito vigor mental), mas estou satisfeito com o resultado.


Tenho me preocupado imensamente com a escrita dos textos. Minha mania com arcaísmos não ajuda. A meu ver, um manual mais robusto deve ter uma linguagem objetiva e simples (mas nunca infantilizada!). A razão é óbvia: o jogador não compra um manual de RPG com a expectativa de ler um romance, mas de encontrar tudo que precisa fácil e compreender o máximo no menor tempo possível. Por outro lado, é preciso equilibrar o uso da linguagem para que o texto não fique tão árido quanto um manual de engenharia. Troço difícil, mas tenho bons leitores-teste. Também tenho mergulhado em pesquisas de materiais dos anos 1980 e 1990 para compreender melhor como se faziam as escolhas linguísticas e captar pequenos detalhes que já saíram de uso (e.g. fotocópia).  


Como desabafo, muitas vezes me vem o pensamento: "todo esse trabalho para um nicho minúsculo?!". Sim. Pareço o Durval, do “Durval Discos”. Bem, até o momento, não consegui fazer qualquer outra coisa que seguir essa estranha obsessão. Já foram dedicadas mais de mil horas, facilmente.


Por sorte, família e amigos me compreendem, e a eles devo registrar meus profundos agradecimentos.



Arte de Alejo Ramos para o Codexmaster
Arte de Alejo Ramos para o Codexmaster


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